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domingo, 14 de abril de 2013

BATE-BOLA COM O PESQUISADOR: Marcos Galves Moreira


 
 
BATE-BOLA COM O PESQUISADOR: Marcos Galves Moreira
01. Qual seu nome completo, seu apelido (se tiver) e onde e quando nasceu?
Marcos Galves Moreira. Tenho um apelido antigo: “Parra”. Nasci em São Paulo (SP), em 3 de julho de 1958.

02. Com que idade você começou a juntar material relacionado ao futebol e a desenvolver pesquisas sobre o tema “futebol”?
Comecei com os botões, ainda no tempo daqueles das “carinhas”. Me recordo que com 10 ou 11 anos recortava a Revista do Esporte para colocar as caras dos jogadores no botão.

03. O que faz atualmente em sua vida profissional? Sua profissão está relacionada às pesquisas sobre o futebol? Quanto tempo está na atual profissão? O que fazia antes?
Sou Engenheiro de Alimentos e tenho uma distribuidora de matérias primas para laticínios. Atuo há aproximadamente 28 anos.

04. Alguém o incentivou a começar as pesquisas? Lembra quando foi e de que forma? O que o levou a iniciar as pesquisas?
Sempre gostei do “futebol antigo”, clássico. Dos jogadores antigos ficaram no esquecimento. Mais ou menos em 1995 comecei a colecionar fichas técnicas dos jogos do campeonato paulista da primeira divisão. A ideia era fazer um livro histórico sobre o assunto.

05. Qual a maior satisfação que as pesquisas lhe proporcionam ou proporcionaram?
A maior satisfação é a de derrubar mitos. Mostrar a verdade de um fato, evitando as histórias das carochinhas.

06. O que representa as pesquisas para você? É um hobby apenas? Quanto tempo de sua semana você dedica às pesquisas? Você é daqueles que regularmente vão até as bibliotecas? Sua família apoia você?
Na realidade estou bem afastado das pesquisas. Já fui bem mais atuante. Cheguei a visitar mais de 50 bibliotecas e hemerotecas no Estado de São Paulo. Possuo um acervo respeitável sobre os clubes do interior de São Paulo. Minha família sempre abominou essa “mania”.

07. Quais foram as suas maiores alegrias na “carreira” de pesquisador? E as maiores tristezas ou decepções?
A maior alegria foi resgatar a história do acesso paulista (2ª Divisão), um campeonato que já teve muita importância no passado e hoje infelizmente está relegado a planos inferiores.

08. Qual(is) a(s) pesquisa(s) que você fez e chamaria de inesquecível(is)?
Foi construir um acervo sobre o futebol de São Paulo, Estado em que vivo e de ter também em arquivo mais de 95% das fichas técnicas do glorioso São Bento, de Sorocaba.

09. E qual a sua pior pesquisa, aquela que você não gostaria de lembrar?
Honestamente nunca perdi tempo com assunto que não me traz prazer. Na realidade as minhas pesquisas sempre nortearam a busca pela satisfação pessoal.

10. Descreva um fato pitoresco presenciado por você acontecido durante as pesquisas em bibliotecas, centros de documentação ou outros.
Logicamente que só de você estar numa biblioteca remoendo jornais antigos e tirando fotos já aguça a curiosidade de muita gente. Sempre procurei ser muito discreto e nem sempre revelando o teor das pesquisas. Sinceramente não me recordo de algum episódio para comentar.

11. O que tira você do sério em relação à conduta de alguns pesquisadores?
A falsa informação, a história “parece que foi assim” e o que mais abomino é o “roubo” das informações, caso este que já aconteceu comigo.

12. Qual o local de pesquisa mais organizado que você já visitou?
Sem dúvida a Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro, apesar da morosidade em substituir um jornal pelo outro.

13. E qual o arquivo particular mais interessante que você já teve a satisfação de poder visitar ou de saber de sua existência?
Arquivo organizado foi o que encontrei em Bauru (SP).

14. Em geral, quais são as maiores qualidades e defeitos de um pesquisador?
A qualidade de um pesquisador deve ser a tenacidade em buscar a informação correta e o pior defeito é o do plágio.

15. Que sugestões você daria para todo pesquisador com a finalidade de facilitar as pesquisas?
Se unir e dividir as tarefas. Nem todos tem tempo sobrando para desviar seu tempo de trabalho.

16. Qual seu time do coração? Você faz ou fez pesquisas relacionadas a ele? Mantém contato com outros pesquisadores especializados em seu time do coração? Como é a sua convivência com estes?
É o Santos F. C. Não pesquiso sobre ele, pois já tem muita literatura sobre o assunto. Gosto de pesquisar os times do interior de São Paulo.

17. Quais suas sugestões e expectativas em relação às pesquisas em seu Estado? Acha que é possível reunir os pesquisadores regularmente em encontros de confraternização?
Sinceramente é um assunto que prefiro pensar quando estiver aposentado. A confraternização seria interessante.

18. Você já publicou algum livro, monografia, CD ou DVD relacionados ao futebol? Tem algum trabalho no “forno”?
Tenho a “História do Acesso” num estágio avançado, porém, por razões profissionais tive que me afastar.

19. Você participa de algum blog ou site especializado em pesquisas sobre o futebol?
Como disse, atualmente não participo ativamente de nada relacionado a blogs. Colaboro eventualmente com uma emissora de TV da cidade onde moro (Sorocaba) informando o histórico dos confrontos do São Bento.

20. Quais são seus projetos de pesquisas para o futuro?
Não tenho nada formatado no momento, mas gostaria de avançar com a “história do acesso”.

21. Na sua opinião, qual foi o melhor pesquisador que já tivemos em nossa história?
Se fala muito no Thomaz Mazzoni, num tempo em que, como diziam os antigos, “se amarrava cachorro com linguiça”. No seu tempo ele teve o seu mérito.

22. Um sonho que você ainda não realizou em suas pesquisas.
Editar um almanaque.

23. Finalizando, deixe o seu recado ou impressões sobre as pesquisas, sobre o blog e também sobre outro tema qualquer.
Acho que num país que se denomina do futebol não pode ter uma literatura futebolística tão pobre, do ponto de vista de qualidade. A Argentina produz material de qualidade muito melhor que o nosso. Imagina citar os Estados Unidos. Infelizmente, enquanto não se melhorar a qualidade de ensino neste País, vamos continuar sendo uma promessa de país grande.

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